Vida de porco!

O meu blog. Para falar do que me der na "gana"

domingo, janeiro 21, 2007

O meu chapéu!

Corria o já esquecido ano de 2006, quando, numa qualquer visita de estudo a Lisboa, tive acesso pela primeira vez a um chapéu que viria a dar muito que falar. Quando o Zecca o tira da mochila para nos mostrar fiquei atraído pelo poder daquele pequeno e estranho acessório. Qual smeagol(senhor dos anéis) apaixonado pelo seu precioso anel, eu também fiquei encantado por aquele chapéu. Alias, não o larguei o dia tudo. Com tudo isto, esse chapéu passou para as minhas mãos. Se no início eu usava-o mais na brincadeira, a coisa foi ficando séria. Até que o comecei a levar quando ia dar um passeio a noite. Depois em bares. Mais tarde passei para discotecas e ai tudo mudou. Aquele chapéu azul com flores já deve ter andado na cabeça de meio mundo. Ainda me lembro, quando, numa das primeiras vezes que eu o usei, terem-me chamado de, e passo a citar "gay", "bichona", "florzinha", "maricas", e podem imaginar o resto... Porém convêm lembrar que quando comprei as minhas primeira all-stars, em cada 10 amigos meus 9 chamaram-me os mesmo nomes, e hoje desses 9 8 tem pelo menos um par. Tendências da moda talvez. O que é certo é que eu estava habituado a levar com bocas foleiras e mantive sempre o "tal" chapéu na cabeça. Uma bela noite, noite essa onde ia apenas a um barzinho com uns amigos, resolvi leva-lo. Mal sabia o que estava prestes a acontecer! Desse bar, movidos por razões inexplicaveis( mais propriamente pelo alcool), passamos para uma discoteca, onde iriam estar outros amigos nossos. Entramos na tal discoteca e eu sempre com o chapéu guardado e a pensar que jamais o usaria no meio de tanta gente conhecida. Pois bem, mais uma vez por motivos inexplicaveis( provavelmente a culpa foi do mesmo alcool), o chapéu começou a sair-me do bolso. Face a este extraordinaria acaso eu resolvo, finalmente, usar o chapéu. Nessa noite, perdi a conta ao número de cabeças pelas quais o chapéu passou. Perdi a conta ao número de pessoas desconhecidas que me fizeram questão de cumprimentar. Nessa noite, o chapéu esteve sempre em foco. Passei a leva-lo sempre comigo, noite e dia. Isso leva-me à noite de sexta para sábado. Portanto leva-me à 2 noites atrás. Nessa sexta, ao acordar, eu não fazia ideia da noite que ia ter. Alias tinha preparada uma noite em casa. É então que sou picado. Um gajo qualquer (chamemos-lhe de motorato) não parou de me chatear. eu disse-lhe que se tivesse companhia ia. Tive essa companhia. Não eramos muitos, mas pelo menos tinha companhia. Fomos e juntamo-nos ao grupo desse motorato. Entramos no "chic". Problema a entrada, a noite não prometia nada de bom. Como me viria a enganar. Mais tarde encontrei outros amigos e a noite começou a animar. Chapéu para a cabeça, quase imediatamente após o primeiro shot. O que se passou a seguir foi que uma das famosas bailarinas, ao ver o chapéu, mo tira da cabeça para ela o usar. Fiquei parvo. Ainda não sabia que era uma das bailarinas, até a ver a dançar junto do DJ. Um gajo vem ter comigo, dá-me um abraço e diz: " Com esse chapéu, nenhuma gaja te resiste". Mais risos. Mais gente a querer usar o chapéu. Tive alturas em que o perdi de vista. O chapéu voltou a estar em grande, até ao fim da noite. Aquele chapéu que eu usei pela primeira vez em Lisboa. Aquele chapéu com o qual já me chamaram todos os nomes possiveis para designar um homossexual. Aquele chapéu que, caso tivesse piolhos, "obrigava" meio mundo a rapar o cabelo. Aquele chapéu que se tornou um "amigo" indispensável nas minhas noites!

2 Comments:

  • At 2:15 da tarde, Blogger Fibonacci said…

    Aquele chapéu que eu (e incho de orgulho ao dizê-lo) usei. :)

     
  • At 6:59 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Digo e repito: As noites já não são a mesma coisa sem esse chapéu :)

     

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